
Abril de 2002, meus pais começaram a freqüentar uma igreja, e obrigavam minha irmã e eu a irmos também. Eu ia chorando, mas ia, hoje agradeço a Deus por ter sido "obrigada" por eles a ir, pois amo minha igreja, fiz novos amigos, e sou outra pessoa.
Três meses depois, já em julho, não me lembro qual foi a primeira vez, mas comecei a perceber o Kened. Achei ele bonitinho, até comentei com a minha mãe sobre seus lindos olhos verdes.
Mas o rapaz era muito tímido, não conversava com ninguém que eu conhecia, e eu fiquei na minha. Até perguntei pra umas amigas qual era o nome do guitarrista do louvor, e elas me disseram que era Rudson, eu perguntei se era o dos olhos verdes, e elas falaram que aquilo não era guitarra, era baixo..rs, pra ver como eu entendo de música né?
E eu ficava pensando numa maneira de conversar com aquele menino lindo, e ao mesmo tempo pensava que ele era bonito demais e nunca iria me dar moral(sempre tive complexo de inferioridade, se ninguém sabia).
Num sábado à tarde, final do ensaio dos músicos da igreja, ele estava na porta conversando com o Alex, um dos poucos garotos que eu conhecia,e eu vi ser aquela, a minha chance de conhecê-lo. Me aproximei e dei um jeito de me enfiar na conversa, comecei a puxar assunto com o Kend também. Ele era super tímido, eu não.
E, papo vai, papo vem, num instante nos tornamos amicíssimos.
E ele estava indo embora, estão fiquei pensando numa maneira de ter assunto pra conversarmos outros dias, pois o Alex não estaria ali pra sempre. Foi então que eu comecei a falar sobre livros que é algo que eu amo, e ele citou o nome de um ?Diário de um detento?. Rs.
Sei que é nome de música, mas não sabia que era nome de livro,e ele prometeu um dia me dar o tal livro e eu aceitei a proposta. Depois fiquei sabendo que esse livro não existe mesmo.
Ele foi embora, e eu fiquei toda empolgada. O primeiro passo tinha sido dado.
Dia seguinte, domingo. Hora do culto.
Eu fazia parte da equipe de dança da minha igreja, e como sempre chegava mais cedo, guardava lugar num banco com a minha mochila e ia dançar. Só que na maioria das vezes, as pessoas tiravam minha mochila do lugar e sentavam. Esse não foi um dia assim, mas como quando eu terminei de dançar vi o Kened sentado lááá no fundo da igreja sozinho, fingi ter perdido a mochila e o lugar e perguntei se poderia sentar ali perto dele, e claro a resposta foi sim.
Eu arrumava jeitos e trejeitos de conversar com ele, sempre estava por perto, fazendo graça, puxando assunto, me mostrava interessada mesmo, mas só como amiga. Ele era tão tímido que não conversava com garota nenhuma da igreja, só comigo, e eu me sentia a melhor né, pois além de ele não dar papo pra ninguém, tava dando logo pra mim. Isso foi no domingo, e eu já estava totalmente apaixonada....