Me lembro de quando a Ana Júlia nasceu, depois de uns 3, 4 dias, liguei pra minha mãe chorando e perguntei se agora eu teria que carregar aquele pacotinho pra todos os lugares, e se aquilo que era ser mãe.
Mal sabia eu que ser mãe era muito mais que isso.
Pois bem, eu carrego minha filha pra cima e pra baixo, no carrinho é claro, por que não temos carro e eu ando é a pé mesmo. Mas no dia em que eu iria pro show (e não fui), deixei a Aj dormindo na casa de uma amiga. No outro dia, sai de casa, sem nada na mão, sem carrinho, sem bolsa de menina, sem menina. Sai com as mãos livres, e gente, parecia que eu estava esquecendo algo.
De manhã, eu e o Kened acordamos no mesmo horário de sempre, que por sinal, eh o horario da AJ, e todo dia ele pega ela do berço e a leva pra minha cama. Nesse dia não levou, e eu senti um vazio, fiquei com saudades daqueles pézinhos minúsculos pisando em cima de mim logo cedo, do chorinho lá do berço, do sorriso dela ao me ver.
E hoje, com quase 1 ano, eu sei que ser mãe é mais que levantar nas madrugadas pra cuidar do seu bebê, é mais que sair pra rua com um bebê de 12 kg, e uma bolsa que pesa quase o equivalente.
Ah, hoje estou inspirada maternalmente. Só quem é mãe pra saber, mas é bem melhor do que vocês imaginam.